quarta-feira, 21 de maio de 2008

Entrevista a Cláudio Fragata - 7.ª parte

Em torno da redacção e da publicação do livro Seis Tombos e Um Pulinho

Quanto tempo levou a escrever este livro?
Entre a idéia de escrever sobre Santos-Dumont e a publicação do livro passaram-se seis anos. Foram vários anos de pesquisa. Fui me tornando muito íntimo de Santos-Dumont.

Que reacção teve quando o livro foi publicado?
A reação foi excelente. Em pouco mais de um mês do lançamento, o livro foi para a segunda edição.

Escreveu exactamente o que se passou na vida de Santos-Dumont ou acrescentou pormenores?
Procurei ser absolutamente fiel aos fatos. Para evitar deslizes históricos, pedi consultoria ao sobrinho-bisneto de Santos-Dumont, o agora meu amigo Marcos Villares. Mas eu não queria escrever mais uma biografia de Santos-Dumont. Nem queria que fosse um livro acadêmico, chato de ler. A vida de Santos-Dumont me pareceu uma grande aventura e era isso o que eu queria passar aos leitores. Decidi contar sua história de outro ponto de vista, a partir dos grandes “tombos” que ele levou, ou seja, os acidentes que sofreu até conseguir voar.

Sentiu prazer em escrever este livro?
Escrever, por mais agradável que seja o tema, sempre é um sofrimento, uma ansiedade muito grande. Não foi diferente com esse livro. Mas, ao mesmo tempo, Santos-Dumont foi uma pessoa tão notável, sua vida foi uma seqüência de feitos tão extraordinários, que muitas vezes tive a sensação de estar inventando um personagem de ficção e não escrevendo sobre um personagem real.

Qual foi a parte deste livro que preferiu redigir?
Não me lembro de nenhuma parte em especial. Cada capítulo foi uma aventura para mim. Hoje gosto muito de ler a passagem do vôo de Santos-Dumont num balão em plena tempestade. É maravilhosa a sensação que ele teve. Chega a dizer que se sentiu parte da natureza quando se viu entre raios e trovões.

Por que motivo deu ao seu livro o título Seis Tombos e Um Pulinho e não Santos-Dumont?
Pelo motivo que descrevi acima. Quis fugir de um livro convencional. Me interessou contar a história a partir de seus momentos mais emocionantes e... perigosos! Quanto ao pulinho do título, é uma referência ao momento da decolagem do 14-Bis. Na época, os detratores de Santos-Dumont disseram que um vôo de 60 metros não era um vôo, mas apenas um “pulo”. Vejam vocês que invejosos existem em qualquer lugar, em qualquer época...

O título foi-lhe imposto pela editora?
Muito ao contrário. Tive total liberdade. A editora chegou a questionar o diminutivo de pulo. Temia que a palavra “pulinho” infantilizasse a obra, o que poderia desestimular os leitores mais velhos. Mas os brasileiros têm uma relação diferente com diminutivos. Usamos demais, penso que seja uma necessidade afetiva que temos. E também para dar uma nota de humor. O humor era imprescindível nesse livro. Eu queria contar a história de Santos-Dumont de uma forma ao mesmo tempo aventuresca e bem humorada. A palavra pulinho, já no título, acenava para isso. A editora acabou concordando comigo.

Quando escreveu o seu livro pensou que ia ter sucesso?
Claro que no fundo é o que se quer. Ninguém escreve um livro para não ser lido ou não valeria o esforço. Mas penso e não penso sobre isso. Sucesso é uma palavra traiçoeira. Não tenho o sucesso como projeto, mas como conseqüência de um trabalho realizado com dedicação. O que me importa e me deixa feliz é que o livro atingiu e continua atingindo centenas de leitores. Até de além-mar, não é mesmo?

Qual a reacção da editora e dos leitores quando lançou o seu livro?
Eu fiquei surpreso com a reação dos adultos. Escrevi pensando no público jovem, mas os adultos leram com muito interesse. Recebi inúmeros e-mails de pais, professores, universitários e até de pessoas ligadas à aviação, todos entusiasmados com a leitura do livro. Algumas livrarias de São Paulo colocaram Seis Tombos e Um Pulinho entre os livros da seção dirigida ao público adulto.

O que o inspirou para escrever este livro?
Foi a leitura de um livro escrito pelo próprio Santos-Dumont chamado O que eu vi, o que nós veremos. É um relato muito emocionante.

Com que sensação ficou depois de ter escrito este livro?
A de ter voado alto. Mas sem vertigem. E sem medo de cair.

13 comentários:

Anónimo disse...

Olá eu e a minha colega achamos as respostas completas esclarecendo todas as nossas dúvidas.

Anónimo disse...

Esta entrevista está mais do que fantástica! O Cláudio tem mesmo jeito para escrever e para comunicar connosco. Esperemos que continue assim.
Parabéns!

Anónimo disse...

Olá. Nós somos o Fábio e o Ricardo. Gostámos muito da última parte da entrevista. Espero que façamos mais perguntas ao Cláudio Fragata.

Anónimo disse...

Por o que nós lemos até agora de”Seis tombos e um Pulinho” estamos a adorar!

Arminda e Beatriz

Anónimo disse...

Gostámos muito da entrevista de Cláudio Fragata, aprendemos muito com a sua vida.

Anónimo disse...

Ol� eu chamo-me No�
Gosto muito da forma como respondeu �s perguntas que n�s lhe fazemos.
At� ao dia 30, encontramo-nos no VIDEOVOO.

Anónimo disse...

Gostamos muito da última parte da entrevista estava muito giro e sabe muito bem que foi divertido trabalhar com Cláudio Fragata......

Beijinhos da Luísa e da Catarina!!!

Anónimo disse...

Olá! Eu sou o Nuno.
Ando na escoa EB 2,3 Dr. Carlos Pinto Ferreira no 5ºano, na turma C.
Eu e os meus colegas estivemos a ler e gostei muito do texto porque está muito interessante e muito criativo.

Anónimo disse...

Eu, Carlos da escola E. B 2,3 Dr. Carlos Pinto Ferreira de Portugal gostei muito da última parte da entrevista porque explica quanto tempo o Cláudio Fragata demorou a escrever o seu livro, qual a sua reacção, e muitas outras coisas.
Com esta entrevista aprendi mais sobre Cláudio Fragata, sobre os seus livros e muito mais.

Carlos Baptista, nº 8, 5ºC

Anónimo disse...

Eu e meu colega do lado, o Jonathan, gostamos muito da última parte
da entrevista a Cláudio Fragata foi muito engraçada.

Anónimo disse...

Obrigado por ter respondido às nossas perguntas, e eu e o meu colega gostamos muito das respostas.
O livro Seis tombos e um pulinho teve muito sucesso na nossa turma todos nós gostamos de o ler.
Carla e André.

Anónimo disse...

olá!
Nós achamos essa entrevista muito legal´porque Cláudio tirou todas as nossas dúvidas. Abraço!

Anónimo disse...

eu da turma 72 da escola colbachini,gostei muito da entrevista, ele tirou minha duvidas, e ficamos sabendo um pouco mais dele e do livro. abraço.